
Danilo Cerezini acaba de lançar model de shape pela marca americana Blind. Um skatista brasileiro com muito talento conseguindo ganhar espaço no concorrido cenário mundial de skate. Legal, mas o mais importante é que o lançamento do shape dele significa sua passagem pra categoria profissional. Nos EUA o skatista só se torna profissional se alguma marca de shape decide lançar um model seu. Não é a marca de tênis, de rodas ou de roupas que decide a profissionalização de um skatista, ou muito menos a participação em uma competição. É a indústria de shape. E esse conceito é muito legal e respeitado, porque o shape é a parte do skate mais ligada a essência de andar. Mesmo que a indústria dos "tênis para skate" seja maior, tenha mais dinheiro, ela respeita o padrão construído pela própria história do skate no mundo. Ou seja, se você cria uma marca de shape e coloca no mercado, sabe que tem uma responsabilidade grande em patrocinar e fomentar o ciclo da renovação da categoria pro. O que a indústria brasileira poderia aprender com isso? Como a indústria de shapes no Brasil, ou são empresas muito pequenas, ou são fábricas que terceirizam pra marcas que não são de shapes, mas fazem shapes como acessórios, não funcionaria tanto. Mas acredito que a indústria daqui deveria aprender a olhar mais a base do skate, do esporte, e criar direcionamentos que façam o skate se perpetuar, fazendo a categoria profissional ser realmente um grande momento da história dos grandes talentos.
Essa é a lição.
Parabéns Cerezini.
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